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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Minimalismo / O que é minimalismo, qual sua origem?

Intimamente relacionado ao Modernismo, o Minimalismo se refere a uma estética refinada, austera e atemporal. É recorrente na moda desde o século XX e segue a tradição de Coco Chanel, Claire McCardell e Jean Muir.  Uma série de estilistas que trabalham com essa estética ganhou destaque na década de 1990.


Ícones: Calvin Klein, Jil Sander, Helmut Lang.

Recatado; Intelectual; Funcional; Menos é Mais


Vestido Bernadette, de Calvin Klein, 1996.


Os anos 1980 foram caracterizados (e caricaturados) como um período grosseiro, de ombros largos e falta de bom gosto. Os anos 1990 apresentaram uma estética mais contida e intelectualizada, que bania o exibicionismo do período anterior. Desenvolveu-se uma tendência para a roupa minimalista.


O Minimalismo nasceu como estética funcional, contida. No entanto, os minimalistas exibiam um rigor intelectual que os distinguia dos estilistas que apenas seguiam uma linha clássica em seus modelos.  A alfaiataria elegante e refinada do vestuário masculino foi incorporada à estética feminina, com cores neutras ou suavizadas a fim de não tirar o foco do corte ou do usuário. Enfeites supérfluos também foram dispensados. 


Helmut Lang era um superminimalista que descrevia suas roupas como "sem referências". Definidos por uma silhueta esbelta, pela justaposição de materiais incongruentes (e por vezes obviamente sintéticos, como fitas metalizadas) e por coleções andróginas, Lang foi a encarnação do Minimalismo da década de 1990.


Look de Helmut Lang, Spring 1998.


Este texto é uma adaptação do capítulo: "Minimalismo" presente em:
MACKENZIE, Mairi. Ismos: Para entendera moda. São Paulo : Globo, 2010


Vintage / Moda Vintage : origem (1990)

 As roupas de segunda mão sempre foram associadas à caridade com os mais necessitados, ou ainda às militantes da contracultura. No final da década de 1990, porém, elas foram alçadas à condição de um dos principais filões da moda, batizado com um charmoso nome: Vintage.


Ícones: Keni Valenti; Bay Garnett; Kate Moss; Cameron Silver

Apropriações pelo mainstream: discurso da individualidade.


O surgimento do Vintage em meados dos anos 1990 como alternativa real às roupas novas em folha foi parte de uma tendência mais ampla de repudio à (supostamente homogênea) moda mainstream (moda dominante) e de estímulo à expressão individual por meio do vestuário - inclusive pela customização, outro modismo emergente.  


Usar roupa vintage significava ser um profundo conhecedor de moda. Esta ideia foi reforçada pela mídia. Revistas femininas sempre prontas a lançar modismos caros, exaltaram a alegria do Vintage. Guias especializados passaram a oferecer conselhos sobre como usar e onde comprar modelos usados. 


O impulso definitivo da tendência veio das mais poderosas divulgadoras da moda moderna: as celebridades.

Kate Moss em particular vem sendo uma influeêcia fundamental para a adoção generalizada do Vintage (e de tendências nele inspiradas) pelo mainstream.



A fim de capitalizar com a tendência, lojas de varejo logo incorporaram o Vintage, como a Topshop, Liberty, Au Printemps, todas tem áreas dedicadas ao vintage comercial.


A moda sempre apresentou uma inclinação para a nostalgia e o ressurgimento dos velhos estilos tem sido uma constante em sua história. O sucesso di Vintage teve impacto sobre o processo de produção de muitas das mais importantes casas de moda. Alguns estilistas examinam os arquivos das casas e reproduzem peças "clássicas".


A apropriação de brechós como fonte de inspiração também se tornou parte legítima do processo de moda. Visitas à feiras Vintage se incorporaram no calendário tanto quanto os desfiles e as exposições de tecidos. 


ATENÇÃO: Vestuário de Museus

O vestuário histórico dos acervos dos museus, teoricamente, poderia ser classificado como Vintage. No entanto, tais peças não podem ser vistas como tal. O Vintage como movimento de moda, é definido por seus padrões de consumo


Este texto é uma adaptação do capítulo: "Vintage" presente em:
MACKENZIE, Mairi. Ismos: Para entendera moda. São Paulo : Globo, 2010


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